28 de jun de 20236 min
O Linux foi criado por Linus Torvalds, um estudante finlandês, em 1991. Linus estava interessado em criar um sistema operacional similar ao Unix, mas que fosse gratuito e de código aberto. Ele começou a desenvolver o kernel do Linux, que é o núcleo do sistema operacional, e o disponibilizou publicamente para que outros colaboradores pudessem contribuir.
O nome "Linux" é uma combinação do nome de Linus com a palavra "Unix". Inicialmente, o Linux era apenas o kernel, e os componentes adicionais como bibliotecas, utilitários e interfaces gráficas eram fornecidos por outros projetos e distribuições, como o GNU (GNU's Not Unix) desenvolvido por Richard Stallman.
A popularidade do Linux cresceu rapidamente devido à sua natureza de código aberto, o que significa que qualquer pessoa pode acessar, modificar e distribuir o código-fonte do sistema operacional. Essa abordagem atraiu uma comunidade de desenvolvedores que contribuíram com melhorias, correções de bugs e novos recursos ao longo do tempo.
Atualmente, existem muitas distribuições Linux disponíveis, como Ubuntu, Fedora, Debian, CentOS, entre outras. Cada distribuição oferece uma combinação específica de componentes, ferramentas e interfaces gráficas, mas todas elas compartilham o kernel do Linux como base.
Existem muitas distribuições Linux disponíveis, cada uma com suas características e foco específico. Aqui estão algumas das principais distribuições Linux:
Ubuntu: Uma das distribuições mais populares, conhecida por sua facilidade de uso e foco na experiência do usuário. É baseada no Debian e possui versões de desktop e servidor.
Debian: Uma distribuição estável e robusta, conhecida por seu compromisso com o software livre e sua ampla seleção de pacotes. É uma base para muitas outras distribuições, incluindo o Ubuntu.
Fedora: Patrocinada pela Red Hat, é uma distribuição voltada para usuários avançados e entusiastas, oferecendo uma combinação de software atualizado e recursos experimentais. Também é usada como base para o desenvolvimento do Red Hat Enterprise Linux (RHEL).
CentOS: Baseado no código-fonte do Red Hat Enterprise Linux (RHEL), o CentOS é uma distribuição de código aberto focada em estabilidade e segurança, sendo amplamente utilizada em servidores.
Arch Linux: Uma distribuição leve e flexível, direcionada para usuários avançados que preferem personalizar seu sistema operacional. Possui uma abordagem "rollin-release", onde os pacotes são atualizados continuamente.
openSUSE: Uma distribuição estável e amigável, que oferece opções de desktops como KDE Plasma e GNOME. É conhecida por sua configuração fácil e ferramentas de gerenciamento de pacotes.
CentOS Stream: Uma nova distribuição criada a partir do CentOS, oferecendo um ambiente mais próximo das atualizações em tempo real, destinada a desenvolvedores e usuários que desejam testar as versões mais recentes.
Essas são apenas algumas das principais distribuições Linux disponíveis. Cada uma delas possui comunidades ativas de usuários e desenvolvedores, além de recursos específicos e objetivos diferentes, para atender às diversas necessidades dos usuários.
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Existem várias vantagens em usar sistemas Linux no ambiente corporativo. Aqui estão algumas delas:
1. Custo: O Linux é um sistema operacional de código aberto e gratuito, o que significa que as empresas podem economizar em licenças de software. Além disso, a maioria das distribuições Linux inclui uma ampla gama de aplicativos e ferramentas gratuitas, o que reduz ainda mais os custos de software.
2. Segurança: O Linux é conhecido por sua segurança robusta. Como é um sistema de código aberto, milhares de desenvolvedores em todo o mundo estão constantemente revisando e aprimorando o código, tornando-o mais resistente a ameaças de segurança. Além disso, os privilégios de acesso e controle de permissões no Linux são geralmente mais granulares, o que ajuda a evitar violações de segurança.
3. Estabilidade e desempenho: Os sistemas Linux são conhecidos por sua estabilidade e confiabilidade. Eles podem operar por longos períodos de tempo sem a necessidade de reinicialização, o que é especialmente importante em ambientes corporativos onde a disponibilidade contínua é essencial. Além disso, o Linux é geralmente mais eficiente em termos de recursos do sistema, o que resulta em um melhor desempenho, especialmente em hardware mais antigo ou menos poderoso.
4. Flexibilidade e personalização: O Linux oferece uma ampla variedade de distribuições e opções de personalização. As empresas podem escolher uma distribuição que melhor atenda às suas necessidades específicas e personalizá-la de acordo com seus requisitos. Isso permite que as empresas tenham um ambiente de trabalho sob medida, otimizado para suas operações e fluxos de trabalho.
5. Compatibilidade e interoperabilidade: O Linux é compatível com uma ampla gama de hardware, o que proporciona flexibilidade para as empresas escolherem o equipamento que melhor atende às suas necessidades e orçamentos. Além disso, o Linux suporta uma ampla variedade de formatos de arquivo e protocolos de rede, permitindo uma maior interoperabilidade entre diferentes sistemas e aplicativos.
6. Comunidade e suporte: O Linux tem uma comunidade de usuários e desenvolvedores muito ativa e engajada. Isso significa que há uma ampla gama de recursos online, fóruns de discussão e documentação disponíveis para ajudar as empresas a solucionar problemas e obter suporte técnico quando necessário. Além disso, muitas empresas oferecem suporte comercial para distribuições Linux, fornecendo assistência profissional quando necessário.
É importante considerar que cada empresa é única e pode ter requisitos específicos que podem influenciar a escolha do sistema operacional mais adequado.
Uma das distribuições Linux mais voltadas para usuários finais que estão familiarizados com o Windows é o Ubuntu. O Ubuntu é conhecido por sua facilidade de uso e experiência amigável ao usuário. Possui uma interface gráfica intuitiva e recursos que facilitam a transição para usuários acostumados com o Windows.
O Ubuntu oferece uma versão de desktop chamada Ubuntu Desktop, que é projetada para uso em computadores pessoais. Ela inclui uma seleção de aplicativos populares, como navegadores da web, suítes de escritório, players de mídia e muito mais. O ambiente de desktop padrão do Ubuntu é o GNOME, mas também há variantes como o Kubuntu (com o ambiente de desktop KDE Plasma) e o Xubuntu (com o ambiente de desktop Xfce), que oferecem opções de interface alternativas.
O Ubuntu possui uma ampla comunidade de usuários e uma vasta base de conhecimento online, o que facilita a obtenção de suporte e solução de problemas. Além disso, a Canonical, a empresa por trás do Ubuntu, fornece um ciclo de lançamento regular com suporte de longo prazo (LTS), garantindo atualizações e correções de segurança por vários anos.
Embora o Ubuntu seja uma ótima opção para usuários iniciantes e familiarizados com o Windows, vale ressaltar que outras distribuições, como Linux Mint e Zorin OS, também são conhecidas por sua facilidade de uso e transição suave para usuários do Windows. É sempre recomendável experimentar diferentes distribuições e ver qual se adapta melhor às suas preferências e necessidades específicas.
No Linux, existem várias formas de executar aplicativos desenvolvidos para o Windows. Aqui estão algumas opções populares:
Wine: Wine é uma camada de compatibilidade que permite executar aplicativos do Windows no Linux. Ele traduz as chamadas de sistema do Windows para o Linux, permitindo que os programas do Windows sejam executados nativamente. O Wine possui uma vasta base de dados de compatibilidade, onde você pode verificar quais aplicativos são suportados.
PlayOnLinux: PlayOnLinux é uma interface gráfica para o Wine, projetada para facilitar a instalação e o gerenciamento de aplicativos do Windows no Linux. Ele oferece scripts de instalação pré-configurados para vários aplicativos populares, facilitando a configuração e o uso desses aplicativos.
CrossOver: CrossOver é uma versão comercial do Wine, fornecida pela CodeWeavers. Ele oferece suporte e recursos adicionais, além de uma interface gráfica amigável. O CrossOver é voltado para usuários que desejam uma solução mais fácil de usar e suporte técnico profissional.
Virtualização: Uma outra opção é executar uma máquina virtual com o Windows instalado dentro do Linux. Isso permite que você execute aplicativos do Windows em uma instância virtualizada do sistema operacional. Softwares como VirtualBox, VMware e QEMU são populares para esse propósito.
Alternativas nativas: Muitos aplicativos populares do Windows têm equivalentes nativos para Linux. Por exemplo, em vez do Microsoft Office, você pode usar o LibreOffice ou o OnlyOffice. Em vez do Adobe Photoshop, você pode usar o GIMP ou o Krita. Pesquisar por alternativas nativas no Linux pode ajudar a encontrar soluções equivalentes.
É importante notar que nem todos os aplicativos do Windows funcionarão perfeitamente no Linux usando essas soluções. A compatibilidade pode variar dependendo do aplicativo e da versão do Wine. É recomendável verificar a compatibilidade de um aplicativo específico antes de tentar executá-lo no Linux.