Saiba o que é um rootkit e como se prevenir
- Eraldo Silva
- 4 de jul. de 2017
- 4 min de leitura
Atualizado: há 7 dias

O que é um rootkit?
O termo rootkit pode soar técnico para quem não é da área de TI, mas o impacto que esse tipo de ameaça pode causar vai muito além de jargões e siglas. Estamos falando de um dos tipos de malware mais perigosos e discretos já desenvolvidos, capaz de se esconder profundamente no sistema operacional e controlar um dispositivo sem ser detectado.
Com o aumento das ameaças cibernéticas e a sofisticação dos ataques, é essencial que empresas e usuários compreendam o que é um rootkit, como ele age e o que pode ser feito para preveni-lo ou removê-lo. Neste artigo, explicamos de forma clara e objetiva tudo o que você precisa saber sobre essa ameaça.
O que é um rootkit?
Um rootkit é um tipo de software malicioso projetado para obter acesso privilegiado (geralmente como administrador ou "root") a um sistema, ao mesmo tempo em que oculta sua presença e a de outros arquivos maliciosos. A principal característica do rootkit é a furtividade — ele não só realiza ações sem o conhecimento do usuário, como também dificulta que antivírus ou ferramentas de segurança o detectem.
Diferente de outros malwares, que causam danos perceptíveis rapidamente, o rootkit age nas sombras, permitindo que um invasor monitore, controle ou modifique um sistema comprometido por longos períodos.
Como os rootkits são instalados?
Rootkits normalmente não são instalados sozinhos. Eles são distribuídos junto com outros tipos de malware, como cavalos de troia (trojans) ou spywares, e chegam até os sistemas de forma camuflada. Os métodos mais comuns incluem:
Downloads de software pirata ou não verificado
Anexos maliciosos em e-mails de phishing
Exploração de vulnerabilidades em sistemas desatualizados
Instalação de drivers ou aplicativos infectados
Após a instalação, o rootkit busca se posicionar em camadas profundas do sistema, como no kernel (núcleo do sistema operacional), onde pode alterar processos e esconder sua presença de ferramentas de monitoramento convencionais.
Leia também: O que é um Trojan e como ele age em sua rede?
Quais são os riscos de um rootkit?
Os danos causados por um rootkit variam conforme o tipo e o objetivo do atacante. Alguns dos principais riscos incluem:
Roubo de dados sensíveis, como logins, senhas, informações bancárias e arquivos sigilosos
Controle remoto do sistema, permitindo que o invasor execute comandos ou instale outros malwares
Espionagem de atividades, como monitoramento de teclado (keylogging) e capturas de tela
Alterações no funcionamento do sistema, abrindo portas para novas invasões
Em empresas, a presença de um rootkit pode comprometer toda a rede corporativa, afetando a reputação, a operação e a conformidade com leis como a LGPD.
Como identificar um rootkit?
Detectar um rootkit é um desafio, já que ele foi criado exatamente para se esconder. No entanto, alguns sinais podem indicar sua presença:
Desempenho anormal do sistema sem causa aparente
Atividades de rede incomuns, mesmo quando o sistema está ocioso
Falhas inexplicáveis em antivírus ou atualizações do sistema
Arquivos que desaparecem ou se comportam de forma estranha
Acesso remoto não autorizado
Ferramentas especializadas, como scanners anti-rootkit e soluções avançadas de segurança da informação, são fundamentais para realizar uma verificação aprofundada.
Tipos de rootkits
Existem diversas classificações de rootkits, dependendo da sua forma de atuação:
Rootkits de modo usuário
Atuam na camada de software, alterando processos e bibliotecas do sistema. São menos profundos, mas ainda perigosos.
Rootkits de modo kernel
Funcionam no núcleo do sistema operacional, com acesso total. São difíceis de detectar e remover.
Rootkits de firmware
Instalam-se em componentes como BIOS ou firmware de dispositivos. Sobrevivem até mesmo a formatações de disco.
Rootkits de boot
Interferem no processo de inicialização do sistema. Entram em ação antes mesmo do carregamento completo do sistema operacional.
Como remover um rootkit?
A remoção de rootkits exige ferramentas específicas e, em alguns casos, medidas radicais:
Uso de antivírus avançado com scanner anti-rootkit
Reparo do sistema com ferramentas de recuperação
Reinstalação completa do sistema operacional
Reconfiguração de segurança da rede
Em ambientes corporativos, o ideal é contar com apoio técnico especializado, como o suporte de TI da ICMP Consultoria em TI, que atua com monitoramento, análise forense e restauração segura do ambiente.
Como prevenir rootkits?
A prevenção é o melhor caminho quando falamos de rootkits. Algumas boas práticas incluem:
Manter todos os sistemas e softwares atualizados
Evitar o uso de softwares piratas ou de origem duvidosa
Treinar equipes para identificar tentativas de phishing
Adotar soluções de segurança com proteção em tempo real
Monitorar logs de sistema e tráfego de rede constantemente
Contar com consultoria em TI e assessoria de TI garante uma abordagem mais estruturada, avaliando riscos e implementando camadas de defesa eficazes.
Um inimigo invisível, mas prevenível
Rootkits representam uma ameaça real e altamente sofisticada, que exige atenção redobrada tanto de usuários comuns quanto de empresas. O conhecimento sobre como eles funcionam e a implementação de práticas preventivas são passos fundamentais para proteger os dados e a infraestrutura digital.
Se sua empresa ainda não conta com estratégias específicas para lidar com esse tipo de risco, procure o apoio da ICMP Consultoria em TI. Nossa equipe atua de forma preventiva e reativa, com soluções robustas para manter seu ambiente seguro e sob controle.