O mercado está cada vez mais competitivo, e a tecnologia é uma das principais responsáveis por essa situação. Aliada das pequenas e médias empresas na busca por um lugar ao sol, a tecnologia pode proporcionar a elas a capacidade de bater de frente com as gigantes de cada setor.
Porém, não basta apenas adotar ferramentas, é necessário investir também em uma boa governança de TI.
O que é a governança de TI?
Podemos conceituar a governança de TI como um conjunto de políticas e práticas cujo objetivo é alinhar recursos de tecnologia com os objetivos e metas de sua empresa. Assim, ela planeja e elabora estratégias que possam garantir uma vantagem competitiva no uso de ferramentas de tecnologia.
A governança de TI pode ser considerada uma extensão da boa gestão do seu negócio, aplicada agora aos seus recursos de tecnológicos.
Há cinco áreas de atuação da governança de TI:
Alinhamento estratégico: garante que processos de negócio e recursos de TI trabalhem em conjunto.
Entrega de valor: premedita que o setor de TI seja o mais rápido e eficiente possível.
Gerenciamento de riscos: permite visualizar riscos previsíveis e minimizá-los.
Gerenciamento de recursos humanos: gestão otimizada de recursos humanos e tecnológicos.
Mensuração de desempenho: objetivar metas e buscar alcançá-las com a medição de indicadores de desempenho.
Abaixo vamos listar três bons motivos pelos quais você deve aplicar a governança de TI em sua empresa:
Localização de falhas e inconformidades
Ao utilizar um framework de governança de TI, sua empresa colocará em prática, processos que já foram testados pelas mais diversas organizações ao redor do globo. Eles são capazes de lhe fornecer informações cruciais sobre o andamento de suas atividades de TI. Com essas informações em mãos, você poderá localizar possíveis gargalos, em que ocorrem problemas como perdas de dados, falta de organização, falhas de segurança, entre outros.
Aumento de produtividade
Com a instituição de um modelo de processos que busque otimizar as tarefas diárias do setor de TI da empresa, a produtividade sofrerá um impacto positivo, afinal, as práticas de governança utilizadas hoje visam principalmente aumentar a eficácia da área de tecnologia do negócio. O uso de um modelo de governança também diminui o número de tarefas dispensáveis, garantindo mais tempo ao colaborador. Ele poderá, então, dedicar-se a tarefas mais importantes para o negócio.
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Precaução de riscos
O alinhamento dos padrões devido ao uso de práticas de governança traz uma maior segurança para os seus dados, além da precaução contra falhas que podem existir nos seus processos atuais.
Com a implantação de um framework de governança, serão utilizados padrões de gestão de riscos, visando encontrar possíveis falhas e com isso preparar sua empresa para amenizar essas falhas em um primeiro momento e posteriormente sana-las.
Erros comuns na implementação de governança de TI
Os grandes equívocos que ocorrem frequentemente são de definição, onde se conceitua a governança de TI (GTI) como um painel de indicadores, ou como um processo de gestão de portfólio dos projetos estratégicos.
Existem algumas frentes defensoras do conceito de que com a implementação de alguns processos baseados em apenas uma das melhores práticas (como Balanced Scoredcards (BSC), CobiT, ou ITIL) por si só, garantem a governança, entretanto este conceito está incorreto.
A premissa mais importante da governança de TI é o alinhamento entre as diretrizes e objetivos estratégicos da organização com as ações de TI.
Governança de TI é um conjunto de práticas, padrões e relacionamentos estruturados, assumidos por executivos, gestores, técnicos e usuários de TI de uma organização, com a finalidade de garantir controles efetivos, ampliar os processos de segurança, minimizar os riscos, ampliar o desempenho, otimizar a aplicação de recursos, reduzir os custos, suportar as melhores decisões e consequentemente alinhar TI aos negócios.
Está definição deixa clara a importância da governança de TI em organizações que almejam atender à crescente demanda por aumento de qualidade de produtos e processos, a alta competitividade do mercado globalizado e a busca por menores custos e maiores lucros.
Outra definição que se encaixa perfeitamente na governança de TI é de considerá-la como “a Gestão da Gestão”, demonstrando seu papel principal que é o de auxiliar o CIO (Governante de TI) a avaliar os rumos a serem tomados para o alcance dos objetivos da organização, onde um direcionamento errado pode levar a empresa ao fracasso em pouco tempo.
Casos de sucesso de um programa de governança aplicados a uma organização não dão a garantia do mesmo sucesso à outra. Estes casos são muito instrutivos e importantes para auxiliar nos caminhos da elaboração de um programa próprio.
A implementação efetiva da Governança de TI só é possível com o desenvolvimento de um framework (modelo) organizacional específico. Para tanto, devem ser utilizadas, em conjunto, as melhores práticas existentes como o BSC, PMBok, CobiT, ITIL, CMMI e ISO 17.799, de onde devem ser extraídos os pontos que atinjam os objetivos do programa de governança. Além disso, é imprescindível levar em conta os aspectos culturais e estruturais da empresa, devido à mudança dos paradigmas existentes.
O grande desafio do Governante de TI é o de transformar os processos em “engrenagens” que funcionem de forma sincronizada a ponto de demonstrar que a TI não é apenas uma área de suporte ao negócio e sim parte fundamental da estratégia das organizações.