16 de jun de 20212 min

Uso do BYOD em tempos de pandemia

Atualizado: 16 de fev de 2023

Apesar do conceito já existir desde o começo da década passada, o BYOD (Bring Your Own Device ou, em português, Traga Seu Próprio Aparelho), foi só a partir de 2018 que ele começou a ganhar força no Brasil, inicialmente nas empresas da área de tecnologia da informação.

O objetivo do BYOD sempre foi dar mais flexibilidade e satisfação ao colaborador. O trabalho nos dispositivos com os quais eles já estão familiarizados traz a sensação de estar em casa. A ideia é promover o conforto nas atividades e melhorar a produtividade.

Há quem defenda que o BYOD já virou UYOD (Use Seu Próprio Dispositivo), dando a entender que o PC ou notebook deva ser usado em qualquer lugar, sem necessariamente “trazer” até um escritório tradicional. E isto faz sentido, já que a pandemia obrigou muita gente a desenvolver suas atividades em casa a partir de seu próprio computador, notebook e semelhantes.

O BYOD na pandemia

O trabalho remoto se tornou relevante nos últimos tempos e tem trazido bons resultados. Por isso, muitas empresas o adotaram e não pretendem deixar essa prática de lado. Já que o covid-19 forçou funcionários a ficar em casa, o BYOD em certos casos passou a ser a única alternativa para que as atividades não fossem prejudicadas.

Leia também: BYOD melhora a produtividade, mas ameaça a segurança.

Além disso, um fato que impulsionou o uso dos dispositivos pessoais dos colaboradores foi a falta de equipamentos que eles pudessem levar para casa. E não foi só isso. Alguns colaboradores não desejam assumir a responsabilidade pela posse dos computadores.

O BYOD (ou UYOD, como queira) mostra dois lados a considerar: o positivo, com todos os seus benefícios, e o negativo, que traz desafios para as organizações. Veja agora:

O lado positivo

O mais óbvio é a chance, para o colaborador, de trabalhar em casa a partir de uma ferramenta personalizada. Outro ponto é que a produtividade pode melhorar, desde que o profissional trabalhe com disciplina. Afinal, é muito fácil se distrair enquanto usamos nosso computador em casa.

Para a empresa, o BYOD em casa representa economia. Se ela utiliza um sistema baseado em nuvem ou outros que podem ser acessados pela internet, é uma boa ideia apostar no trabalho à distância. Isso pode representar redução de custos.

Os desafios

A falta de foco, como dissemos, é o primeiro inimigo do BYOD em casa ou mesmo no escritório. Distrações e atividades do lar podem dificultar a execução das tarefas. Os equipamentos pessoais provavelmente não possuem certas restrições que visam a produtividade, como o acesso a redes sociais, por exemplo.

Depois, aparece a questão da segurança de dados. Para a gestão de TI, pode ser um problema o acesso de dispositivos externos por alguns motivos. Um deles é o acesso irrestrito a informações confidenciais, com consequente sequestro de dados.

Outro ponto importante: como não há um padrão e nem se conhece o tipo de proteção que as máquinas de fora oferecem, é mais difícil impedir a ação de malware, que é a classe de programas maliciosos da qual os vírus fazem parte.

Quanto à adoção, o BYOD é um recurso que precisa ser muito bem estudado. Porém, se é o único método de trabalho que restou por causa da pandemia, então é imperativo tomar todos os cuidados para evitar problemas no uso dos aparelhos pessoais.

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